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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Depoimento: saúde limitada

Hoje procuro viver da forma mais normal possível, apesar dos limites que hoje minha saúde me impõe!! Trabalho,estudo,namoro, saio com amigos. Faço tudo o que uma menina de 19 anos faz. Quando eu tava no limite da doença, eu já não saía mais de casa, dormia a maior parte do tempo.

No último mês, nem malhava mais, porque não tinha mais forças pra tanto. Era levantar e ficar tonta e muita náusea, dores no corpo. Fiquei muito impossibilitada. Hoje, tenho uma saúde muito limitada: não posso comer muitas coisas, pois tenho gastrite. Adquiri intolerância a alguns alimentos, tenho anemia. Perdi muitas coisas. Mas acho que, talvez, o que mais me entristece é ter que parar de estudar por causa da doença. Se alguém se incomodar com a palavra "doença", desculpem, mas prefiro dizer que é uma doença pra que as pessoas possam se conscientizar).

Terminei o 3º ano e tive que dar um tempo, pois tive problema de rins também, o que me deixou mais frágil ainda! Não sei dizer se algo teria evitado eu ter anorexia. Eu sempre fui muito preocupada com peso. Nunca fui gorda, mas não aceitava meu tipo físico. Sempre marquei em cima. Eu me cobrava demais, achava bonito gente bem magrinha, baixinha, quadril fino, pouco peito. Eu era aquele tipo ‘brasileira’, e aquilo me incomodava muito. Eu tenho umas tias um pouco acima do peso, e entrava em pânico só de pensar que eu poderia ficar como elas!” “Eu sou grandona, sabe? Alta, ossuda e sempre fui o tipo mulherão, e não gostava de ter bunda "boa" nem coxa grossa. Odiava que me chamassem de gostosa, ou ver os olhares masculinos direcionados pra mim. Então, o fato de sempre ouvir homens falar que não gostavam de mulheres magras, foi a solução que achei para não ser "vista”.

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